Durante a apresentação que fizemos no Estimacão em Tatui, tomei coragem e pedi permissão para falar ao microfone. Coragem porque não tenho intimidade, muito menos desenvoltura como nossos narradores oficiais do Agility.
Há um bom tempo venho sentindo necessidade de tentar desmistificar o Agility nesses eventos e diante das 7 mil pessoas presentes, me pareceu ser um local propício para isso. O público, sempre tive essa impressão, encara o que fazemos como um show com cães ou demonstração de adestradores e essa forma de divulgação sempre me incomodou.
Bem, o que tentei passar aos presentes é que o Agility é realmente um esporte e o que fazemos é aproximá-lo e levá-lo ao conhecimento geral e não apenas mostrar o que sabemos fazer com nossos cães. Citei meu caso como exemplo para deixar bem claro que alguém que não sabe adestramento básico para ensinar seus cães e treina apenas uma vez por semana, pode se tornar um agilitista.
Creio que tenha surtido efeito porque pela primeira vez, de várias apresentações que já realizamos, após o término da apresentação várias pessoas vieram até mim para tirar dúvidas e pedir informações sobre frequência de treinamento, necessidade de adestramento básico, raça específica, enfim, perguntas de quem se interessou pelo Agility esporte.